Linear

Mais uma vez você me trouxe aqui, neste espaço que nao te cabe, que não te pertence, que nem se quer existe. Que eu inveto mesmo pra deixar de existir nos seu espaços. Todos os lugares sao teus. A pedaços imprecisos do teu olhar espalhados pela cidade e derepente todo mundo enxerga a vida como você. Repetem como loucos teus conselhos. Ouvem-me pacientemente com teus ouvidos. Incoerentes acenao-me com tuas mãos um breve e previsível adeus, contínuo e frio. Resto da tua saliva escapa em beijos rotos pela noite. Por lábios ébrios. Acordo e corro o máximo que posso. Nem sempre escapo ao infalível convite p’ra um agradável café da manha a dois a três passo do abismo onde está o teu corpo detentor incalto do que sobrou do meu.

Published in: on julho 16, 2007 at 9:02 am  Comments (1)