“[…] Mas, ainda assim, prefiro a profissional: a gente vai, trepa, paga, não fica devendo favor, nem amor, nem amizade, volta para casa e esquece, não lembra mais o nome; Dalva ou Glória ou Marlene ou Valéria ou Paula ou Maura, tudo é a mesma coisa, o mesmo buraco, pernas, peitos, boca, palavrões, gemidos, uma explosão no escuro, a nota em cima da mesa, acabou-se, de volta para casa dormir, nenhum problema, remorso, aflição, saudade, nada, o corpo sossega, a alma não incomoda, e o animal ronca feliz.” [ Luiz Vilela, Tremor de terra.].
Em sentencioso silêncio qual a besta ante amira óbvia do caçador
De quem espera o julgar do tardio gozo, ó gigante monstro ameaçador, eu espero.
Sobre feições escuras macabras luzes vermelhas
Que enchiam de esperança o não se encontrar dos homens
O proucurar sem nome que qualquer nome se dá
Corpos em intelegível dança vestidos dos vestígios nús
Que ao caos só a princesas dava, dadiva de ser adorada como nada como ninguém.
Ser ser lembrada ou levada pra casa. Sem saber-se no outro dia. Sem saber-se que
Em andanças vadias eu me perdia nas ruínas do seu deitar.
Tantos homens se faziam pobres da seiva viva do pulsar da carne
E se diziam sãos ao penetrar a luz que nem seus olhos podiam suportar
Tão puco sua alma tinham o descanço em que acreditavam
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